Coletivo Comunista Revolucionário Partido Comunista Revolucionário
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Há 50 anos a ditadura ruía como um castelo de cartas, sob ação dos capitães do MFA cansados duma guerra infinita. Contra o conselho dos militares, que pretendiam uma mudança cautelosa de regime, o povo tomou as ruas e transformou o golpe numa revolução. Todas as conquistas políticas, económicas e sociais que ainda vamos usufruindo têm a sua origem nessa revolução e são resultado da luta da classe trabalhadora. O direito ao voto, o SNS ou a escola pública, o salário mínimo nacional ou o subsídio de desemprego, o direito ao divórcio, ao aborto ou os direitos LGBT não são “valores europeus”: são conquistas da luta da nossa classe contra os privilégios e a opressão dos capitalistas.
Mas a revolução não foi levada até ao fim e, por isso, os mesmos capitalistas que beneficiaram de décadas de fascismo, são os mesmos que beneficiam agora duma democracia de fachada que fica à porta das empresas, das escolas, dos nossos bairros ou das nossas vidas. Se como diz a canção “só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, habitação, saúde, educação […] quando pertencer ao povo o que o povo produzir”, então a liberdade a sério está por conquistar e Abril está por cumprir.
Todas as promessas e tentativas de reformar o país fracassaram. Mais recentemente, todos os escassos ganhos da Geringonça esfumaram-se pela espiral inflacionária, o aumento das taxas de juro, a crise na Habitação e a degradação dos serviços públicos. Foi o falhanço das políticas dos dirigentes da esquerda, defendendo a ordem burguesa e o capitalismo, em profunda crise em todo o mundo, que abriu caminho à subida meteórica da extrema-direita. Por toda a parte o capitalismo intensifica a exploração. As rivalidades imperialistas, a guerra e a destruição ambiental ameaçam a sobrevivência da própria humanidade. É por isso que precisamos de derrubar o capitalismo para cumprir Abril. E Para isso necessitamos de nos organizar.
Junta-te aos comunistas revolucionários,
junta-te ao Coletivo Marxista.
