Entrámos num período de crise, guerra e revolução. Apesar dos prodigiosos avanços tecnológicos e científicos das últimas décadas, o capitalismo revela-se incapaz de proporcionar condições de vida minimamente dignas para maioria da população do planeta e, mesmo entre os países economicamente mais desenvolvidos, não deixam de crescer as desigualdades sociais, a exclusão e a precariedade como forma de vida. E por toda a parte a sustentabilidade ambiental é sacrificada no altar do lucro.
Este estertor do capitalismo está a provocar uma mudança de consciência entre a juventude e a classe trabalhadora. Ideias que a cátedra, os média e os algoritmos burguesesquiseram remeter para o baú da História, reemergem com inusitado vigor nas aspirações, debates e lutas que vão ganhando forma num país após outro.
Nas últimas semanas várias iniciativas da Tendência Marxista Internacional têm sido a prova viva do efeito que a crise capitalista tem tido no despertar da consciência e do ativismo.
Grã-Bretanha
Em Outubro, e durante todo um fim de semana, o “Revolution Festival” reuniu mais de 700 participantes em Londres que discutiram as perspetivas mundiais, desde a guerra na Ucrânia à insurreição da juventude iraniana.
Alemanha
O “Seminário Karl Marx” agregou entre 12 e 13 de Novembro mais de 120 ativistas. O encontro manifestou um grande entusiamo e confiança no poder da classe trabalhadora em transformar o mundo, sobretudo em face da crise capitalista que provocará um ponto de inflexão na luta de classes, também na Alemanha – até aqui o motor económico da Europa
Suécia
Desde a primeira sessão ficou claro o que estava em causa: não as habituais discussões esotéricas, ontológicas ou metafísicas sobre estados de alma ou a fatalidade da história, mas um encontro que reuniu cerca de 125 militantes empenhados na transformação socialista da sociedade.
Suíça
Num país capitalista par excellence, a “Escola Marxista de Outono” contou com a presença de mais de 200 ativistas, muitos dos quais eram jovens que participaram pela primeira vez, após terem entrado em contacto com a TMI através da meticulosa e consistente intervenção nas escolas secundárias e universidades do país, pela campanha #CommunismOnCampus
Em todas estas iniciativas, ficaram patentes o entusiamos e a confiança no futuro porvir, bem como o eco persistente e cada vez mais profundo que as ideias do marxismo encontram entre a nova geração de lutadores, muitos dos quais, pela primeira vez e após as restrições da pandemia covid19, puderam (re)encontrar-se e (re)descobrir o vigor e o fortalecimento da Tendência Marxista Internacional.
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