Flyer do Colectivo Marxista distribuído na marcha nacional em solidariedade com a Palestina de 18 de Novembro
Que não haja sombra de dúvida: está fora de questão que as bombas deixem de cair em Gaza e que Israel interrompa o genocídio em curso. Porém, um cessar-fogo não é um regresso à paz, porque não havia paz na Palestina antes de 7 de Outubro!
Apelos ao “diálogo” e à “negociação” são engodos que visam perpetuar a opressão colonial sobre o povo da Palestina. Os acordos de Oslo foram assinados há 30 anos e que trouxeram? Apenas a continuação da ocupação militar da Cisjordânia, o cerco a Gaza, a expansão dos colonatos, o roubo de terras e de água e a repressão mais bárbara sobre os palestinianos. A paz na Palestina só será conquistada com a derrota do Estado de Israel e do imperialismo americano que o suporta.
O povo palestiniano tem direito à resistência, tal como o tiveram os povos do Vietname, da Argélia ou da Guiné. Essa resistência será vitoriosa não com os rockets e aos métodos do Hamas, mas com as armas e os métodos da Intifada em Gaza, como na Cisjordânia, e que representa a luta de massas. Em 1987 o assassinato de 4 jovens de Gaza provocou uma explosão de raiva e por toda a Palestina nasceram milhares de comités de autodefesa que passaram a organizar a resistência à ocupação, mas também aspetos da vida quotidiana como o acesso à alimentação, saúde segurança ou educação. Rapidamente passaram às greves gerais, boicotes comerciais, bloqueios de estrada ou à recusa de pagar impostos. A Intifada é a desobediência civil, a resistência e a insurreição de massas! Simboliza os métodos de luta da classe trabalhadora na Palestina.
Mas é necessário que a luta pela autodeterminação satisfaça também as necessidades do povo palestiniano de terra, trabalho, habitação e uma existência digna para todos. Isso significa que essa luta, para ser vitoriosa, terá de fazer parte duma revolução socialista que incendei todo o Médio Oriente, expropriando os capitalistas, derrubando emires e imãs e expulsando os imperialistas que usam as diferenças de língua, cultura e religião para manter divididos e explorados os trabalhadores. Por uma Federação Socialista do Médio Oriente. Viva a Intifada!