Pedimos também aos dirigentes de outros sindicatos que apoiem essas lutas com ações solidárias vinculadas à situação dos seus próprios trabalhadores. Em praticamente todos os setores, há trabalhadores a enfrentar o mesmo tipo de ataques às condições e à segurança no emprego que estiveram na origem das greves – esses ataques virão num futuro próximo, se ainda não começaram. Um ataque a um é um ataque a todos!
A vitória já alcançada pelos trabalhadores da Groundforce na semana passada na disputa por subsídios de férias e pela divisão das ações da empresa deve ser aplaudida. Isto só foi conseguido depois de terem colocado o governo e os patrões da TAP de pé atrás ao paralisarem aeroportos inteiros, resultando no cancelamento de quase todos os voos da TAP de e para Lisboa no sábado, 17 de julho, e em voos atrasados em todo o país durante um período de vários dias. Se isto é o que um único grupo de trabalhadores nos aeroportos consegue fazer, imagine-se o impacto que todos os trabalhadores que atualmente enfrentam demissões em massa, cortes de salários e precarização teriam ao mobilizar-se em uníssono.
Embora a vitória parcial alcançada na semana passada tenha provado a força da classe trabalhadora em termos práticos, permanece uma ameaça mais ampla para os trabalhadores da TAP, da Groundforce e outros do setor público e privado em Portugal. Os trabalhadores da TAP, incluindo alguns empregados diretamente pela Groundforce, ainda enfrentam despedimentos aos milhares. O governo do PS também se prepara para demitir milhares de trabalhadores noutros setores para cumprir os acordos de reestruturação feitos com Bruxelas em troca dos pacotes de resgate. Alguns trabalhadores foram despedidos sem cerimónia, enquanto que outros foram coagidos a aceitar despedimentos “voluntários” (como é o caso na TAP) – muitas vezes sendo recontratados com salários piores e condições mais precárias.
Na base de um sistema capitalista, o governo de António Costa tem duas maneiras de sair da enorme crise desencadeada pela pandemia da COVID-19. Pode aplicar austeridade cruel sobre a classe trabalhadora portuguesa com o apoio dos grandes capitalistas. A grande despesa do Estado, juntamente com os fundos europeus, tem o objetivo de salvar os capitalistas à custa dos trabalhadores, que novamente terão de pagar as grandes dívidas que se estão a acumular. A outra alternativa para o governo é voltar-se contra os grandes capitalistas, apoiando-se no poder da classe trabalhadora. Não existe meio-termo. Também não existe um meio-termo para o Bloco de Esquerda e o PCP, que passaram os últimos anos a tentar fazer a mediação entre o PS e a classe trabalhadora, nem para quaisquer dirigentes sindicais que ingenuamente estejam à espera de negociações equilibradas e pacíficas com o Estado e os patrões privados.
“>Os camaradas do Colectivo Marxista manifestam a sua solidariedade aos trabalhadores da aviação e das telecomunicações que estiveram em greve nas últimas semanas. Exortamos esses trabalhadores a permanecerem firmes face a novas ameaças e intimidações dos seus patrões e a continuarem a sua luta até ao fim – até que a segurança no emprego seja garantida!
Pedimos também aos dirigentes de outros sindicatos que apoiem essas lutas com ações solidárias vinculadas à situação dos seus próprios trabalhadores. Em praticamente todos os setores, há trabalhadores a enfrentar o mesmo tipo de ataques às condições e à segurança no emprego que estiveram na origem das greves – esses ataques virão num futuro próximo, se ainda não começaram. Um ataque a um é um ataque a todos!
A vitória já alcançada pelos trabalhadores da Groundforce na semana passada na disputa por subsídios de férias e pela divisão das ações da empresa deve ser aplaudida. Isto só foi conseguido depois de terem colocado o governo e os patrões da TAP de pé atrás ao paralisarem aeroportos inteiros, resultando no cancelamento de quase todos os voos da TAP de e para Lisboa no sábado, 17 de julho, e em voos atrasados em todo o país durante um período de vários dias. Se isto é o que um único grupo de trabalhadores nos aeroportos consegue fazer, imagine-se o impacto que todos os trabalhadores que atualmente enfrentam demissões em massa, cortes de salários e precarização teriam ao mobilizar-se em uníssono.
Embora a vitória parcial alcançada na semana passada tenha provado a força da classe trabalhadora em termos práticos, permanece uma ameaça mais ampla para os trabalhadores da TAP, da Groundforce e outros do setor público e privado em Portugal. Os trabalhadores da TAP, incluindo alguns empregados diretamente pela Groundforce, ainda enfrentam despedimentos aos milhares. O governo do PS também se prepara para demitir milhares de trabalhadores noutros setores para cumprir os acordos de reestruturação feitos com Bruxelas em troca dos pacotes de resgate. Alguns trabalhadores foram despedidos sem cerimónia, enquanto que outros foram coagidos a aceitar despedimentos “voluntários” (como é o caso na TAP) – muitas vezes sendo recontratados com salários piores e condições mais precárias.
Na base de um sistema capitalista, o governo de António Costa tem duas maneiras de sair da enorme crise desencadeada pela pandemia da COVID-19. Pode aplicar austeridade cruel sobre a classe trabalhadora portuguesa com o apoio dos grandes capitalistas. A grande despesa do Estado, juntamente com os fundos europeus, tem o objetivo de salvar os capitalistas à custa dos trabalhadores, que novamente terão de pagar as grandes dívidas que se estão a acumular. A outra alternativa para o governo é voltar-se contra os grandes capitalistas, apoiando-se no poder da classe trabalhadora. Não existe meio-termo. Também não existe um meio-termo para o Bloco de Esquerda e o PCP, que passaram os últimos anos a tentar fazer a mediação entre o PS e a classe trabalhadora, nem para quaisquer dirigentes sindicais que ingenuamente estejam à espera de negociações equilibradas e pacíficas com o Estado e os patrões privados.
É claro que o governo não tem qualquer intenção de enfrentar os capitalistas ou de apoiar a classe trabalhadora. Os nossos governantes aceitam a lógica do sistema e não estão preparados para fazer concessões que vão contra os interesses desse sistema. Haverá uma ampliação e um aprofundamento do tipo de lutas defensivas que vimos da parte dos trabalhadores nas últimas semanas e meses. Os engenheiros de manutenção da TAP vão avançar com uma ação de greve numa disputa que deve durar pelo menos até outubro. Enquanto isso, no setor privado, os trabalhadores da Altice realizaram a sua primeira paralisação total de um dia na semana passada, contra reformas forçadas e despedimentos coletivos.
A única defesa real dos trabalhadores contra o desemprego e a precarização em condições de crise capitalista é a generalização e a intensificação da sua luta. Quanto maior for a coordenação e a solidariedade entre diferentes setores de trabalhadores na luta de classes, mais poder eles terão para fazer face à classe dominante.
Apelamos aos dirigentes do movimento sindical para que promovam a militância inspiradora dos trabalhadores da TAP, Groundforce e Altice como um exemplo a seguir por outros trabalhadores nas suas fileiras. A luta continua!
É claro que o governo não tem qualquer intenção de enfrentar os capitalistas ou de apoiar a classe trabalhadora. Os nossos governantes aceitam a lógica do sistema e não estão preparados para fazer concessões que vão contra os interesses desse sistema. Haverá uma ampliação e um aprofundamento do tipo de lutas defensivas que vimos da parte dos trabalhadores nas últimas semanas e meses. Os engenheiros de manutenção da TAP vão avançar com uma ação de greve numa disputa que deve durar pelo menos até outubro. Enquanto isso, no setor privado, os trabalhadores da Altice realizaram a sua primeira paralisação total de um dia na semana passada, contra reformas forçadas e despedimentos coletivos.
A única defesa real dos trabalhadores contra o desemprego e a precarização em condições de crise capitalista é a generalização e a intensificação da sua luta. Quanto maior for a coordenação e a solidariedade entre diferentes setores de trabalhadores na luta de classes, mais poder eles terão para fazer face à classe dominante.
Apelamos aos dirigentes do movimento sindical para que promovam a militância inspiradora dos trabalhadores da TAP, Groundforce e Altice como um exemplo a seguir por outros trabalhadores nas suas fileiras. A luta continua!
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